PADRE SÁTIRO NO ADRO DA CAPELA DE SÃO VICENTE, EM 2013
O "NÃO" PARA A POLÍTICA
PARTIDÁRIA
O trabalho religioso e em defesa da
educação chamou a atenção de grupos políticos, que tentaram inserir o padre
Sátiro Cavalcanti Dantas na política partidária. Nas eleições municipais de
1972, o padre educador foi tentado a ser candidato a prefeito. Era nome forte,
embora ele não entendesse assim, para enfrentar uma das alas da tradicional
família Rosado.
O governador Aluizio Alves, maior
liderança política do Rio Grande do Norte, veio a Mossoró fazer o convite a
padre Sátiro. Acompanhado de lideranças locais, Aluizio argumentou que o
religioso estava pronto para administrar Mossoró e que, naquele momento, era o
melhor.
Antes de Aluizio Alves concluir o discurso, padre Sátiro pediu a palavra para
agradecer a lembrança, mas não aceitar o convite. “Não iria discursar em
palanque com a mesma seriedade com que rezava uma missa”, justificou.
Padre Sátiro, se tivesse aceitado o
convite, disputaria as eleições com Jerônimo Dix-huit Rosado Maia. Naquele ano,
Dix-huit foi eleito pela primeira vez prefeito de Mossoró. Depois, Dix-huit
ganharia mais duas eleições para prefeito, em 1982 e 1992.
Tempos depois, padre Sátiro, ao
abordar o assunto, disse: “Não aceitei o convite porque tinha consciência que
tinha poucas chances de ser eleito, mas se tivesse ousado e fosse eleito,
tentaria resolver o problema da saúde de Mossoró.”
Apesar de dizer “não” ao convite
feito por Aluizio Alves, o padre Sátiro não repudia a política. Pelo contrário.
Ele tem raízes políticas na família: seus tios Israel Nunes (foi, por cinco
vezes, deputado estadual) e Licurgo Nunes (foi prefeito de Pau dos Ferros por
duas vezes).
FONTE – JRONAL DE FATO
Nenhum comentário:
Postar um comentário